segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A arte de falar durante um filme

Quando aparece gente nova no Goteira, eu faço questão de avisar que é completamente permitido se manifestar durante a exibição do filme. O que seria incômodo em qualquer outra sessão de cinema, numa sala que não a das casas, aqui se torna uma coisa essencial.
Como muitos já dizem por aí, o filme é o produto da interação do ecrã com a platéia. Dependendo da forma que se assiste, as impressões podem ser diferentes. Portanto, o estímulo às manifestações é parte de um projeto de, digamos, "debate em tempo real", sem a preocupação com termos, palavras e etc; que torna essa interação citada bastante sincera e dinâmica. Além disso, a manifestação no escuro (literalmente) dá aos tímidos a chance de falar o que estão achando, coisa que não fariam (e não fazem!) com as luzes acesas e com a atenção dos presentes.
Porém, as manifestações não se resumem a sinceridade e desinibição. Toda opinião emitida durante a projeção pode ser completamente alterada ao final da sessão, seja por uma nova interpretação ou, principalmente, por uma nova informação dada pelo filme. Assim, a surpresa que alguém teria em silêncio é compartilhada com toda uma sala e cria uma espécie de sentimento homogêneo que só essa relação público/filme é capaz de fazer e, claro, só esse "debate em tempo real" torna possível.
É incômodo estar num cinema e ouvir pessoas falando alto, atrapalhando. O fato é que esses "chatos" não estão articulando idéias com você. No Goteira, a intenção é fazer todo o grupo compartilhar gritos, xingamentos e expressões que podem incomodar, fazer rir ou até mudar a visualização de quem as ouve.
Falar durante o filme é um ato saudável que torna cada exibição única, já que cada platéia criará uma forma e uma expressão diferente para se comunicar com o meio e com a obra.
Alguém faça o favor de perguntar "E daí?".

MT

Foto de "Sem Essa Aranha", Rogério Sganzerla
Não me perguntem o que ela tem a ver com o texto

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aniversário do Tela Brasilis

Repassando a divulgação da sessão de 6 anos do Tela.
A sessão que comemora 6 anos de aniversário do Tela Brasilis apresenta neste mês de agosto o filme Geraldo José, o som sem barreiras, dirigido pelo montador e editor de som de quase quase 300 filmes entre curtas, médias e longas metragens Severino de Oliveira Souza, ou melhor, Severino Dadá. O documentário ganhou o concurso para produção de documentários em média-metragem do Ministério da Cultura em 2002. O filme conta a trajetória do mais requistado técnico brasileiro, o sonoplasta Geraldo José, que começou no rádio nos anos 40, sonorizou mais de 500 filmes de longa-metragem – de chanchadas, cinema novo, pornochanchadas, até o início da Retomada –, sem contar uma infinidade de curtas, novelas e séries de televisão, comerciais e institucionais.
Após a sessão, debate com Geraldo José, Severino Dadá e Fernando Morais.

Cinemateca do MAM
Av. Infante Dom Henrique 85
Parque do Flamengo
20021-140 Rio de Janeiro RJ
Entrada franca

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Layout novinho!

É com orgulho e com um sorriso maroto (foto) que apresentamos o novo layout desta maravilha de blog. Pois é, chega de aparência de sujeira. O blog agora tem cara de coisa bonita e que funciona. Portanto, passem a achar isso. É uma ordem. Em breve isso aqui será cinegoteira.com.
Ah, o próximo longa a ser exibido concorre o título de "Melhor Filme do Mundo" com o épico "As Aventuras de Sérgio Mallandro". Além disso, pra esquentar vai rolar um curta de um dos grandes nomes do Underground carioca. Se segurem aí que em breve (ou não tão em breve assim) virá uma divulgação quentíssima (ou não tão quente assim).

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eles atrasam, nós atrasamos!



Os correios não estão em greve, né? Pois estão demorando muito pra entregar aqui em casa os filmes que estava pensando em exibir no dia 10, e que já foi provisoriamente divulgado para o público mais fiel. Pois bem, pra não ter que divulgar muito mais em cima da hora, aviso por aqui que espararei os filmes apenas até hoje. Caso não cheguem, exibo um plano B que não perde em nada para para o que viria.

Avante!