sábado, 26 de abril de 2008

Fechado!

Pra começo de conversa, gostaria de pedir desculpa àqueles que foram hoje à Sala Zelito Viana e deram de cara com as portas fechadas. Comigo aconteceu o mesmo. Desde que a sala mudou de lugar, o descuido que antes já acontecia ficou ainda maior.


É impressionante chegar na Prefeitura 15min antes da sessão e perceber que é possível filmar um Western em seus arredores. Falta só o feno rolando. Qualquer um que vá na intenção de entrar pode jurar que tá tudo fechado, que não tem ninguém e nada vai acontecer.

Hoje, o funcionário responsável pela projeção simplesmente não apareceu. Em situações normais, alguns deles costumam chegar com atraso, cheios de "boa vontade", muito interessados em ajeitar a imagem do projetor se ela mais parece a CNT sintonizada em dia de chuva.

Sim, eu conheço e reconheço as dificuldades de uma estrutura pública e etc. O problema é que ainda não vemos vontade e movimentação para que certas coisas (link) se justifiquem. Na verdade, essa falta de interesse se apresenta de todas as formas e por todos os lados, e acaba que até o cineclube não se justifica, se não a título de tentativa. E tentativa fracassada, ainda por cima. Vale a pena?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Programação de Abril - 26/04 às 19h

Drama e comédia se fundem magistralmente neste premiado filme que reúne histórias de contos de Dalton Trevisan. Um casal de velhos que se agride, um advogado inescrupuloso que seduz suas clientes, e as aventuras de Nelsinho, conquistador sem limites. Uma cruel mistura de amor e ódio, relações que redimem pelo excesso de pecado.
"Guerra Conjugal ilustra crônicas de psicopatologia amorosa na civilização do terno-e-gravata, ainda vigente na mitológica e ubíqua cidade de Curitiba, onde medram flores de plástico e elefantes vermelhos de louça podem surgir a qualquer momento."
- Joaquim Pedro de Andrade

"Entre o recato de O Padre e a Moça e a libertinagem mais saudável de Vereda Tropical, Guerra Conjugal encarna a crise do casamento tradicional e mostra a falência das juras de amor eterno sem abandonar a vontade de enxoval e casa própria. O tempo é de uma sociedade cuja sexualidade se transforma mas a economia dos casais ainda implica em dependência. Tudo isso está ali sem contudo perder o humor, ou melhor, a ironia."
- Lila Foster (Revista Paisà - #)
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Para Ler:
- Luciana Corrêa de Araújo, Portal Heco (#)
- Textos e artigos da época, Filmes do Serro (#)
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Filme: Guerra Conjugal
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco:
Lima Duarte, Carlos Gregório, Jofre Soares, Carmem Silva, Ítala Nandi, Cristina Aché, Dirce Migliaccio
Duração: 88min
Ano: 1975 (Cor)


DIA 26/04 - 19h
na Sala de Cinema Zelito Viana
Av. União, s/n - Centro, Mesquita (Auditório da Prefeitura)
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Programação de Abril - 12/04 às 19h

Um assaltante de casas de luxo em São Paulo, apelidado pela imprensa sensacionalista de "Bandido da Luz Vermelha", desconcerta a polícia com seu comportamento fora do comum. Além de usar uma lanterna vermelha, ele possui as vítimas, conversa com elas e faz fugas ousadas para depois gastar o dinheiro roubado de maneira extravagante. O mundo de Jorge é povoado de tipos como o detetive Cabeção, a prostituta Janete Jane e o político corrupto J. B. Silva.

Com sua linguagem visual revolucionária, O Bandido da Luz Vermelha pode ser visto como o ponto de transição entre a estética do Cinema Novo e a ruptura do Cinema Marginal. Um clássico incontornável.

"O novo cinema deverá ser imoral na forma, para ganhar coerência nas idéias, porque, diante desta realidade insuportável, somos antiestéticos para sermos éticos. Fiz O Bandido da Luz Vermelha porque todos os cineastas que admiro fizeram filmes policiais mas no meio do projeto percebi que não poderia parar, que tinha de incorporar outros estilos sem sair da poesia noturna do policial classe B, para procurar a verdade nos espaços externos do western, nos interiores pobres da chanchada, na estilização do musical."
- Rogério Sganzerla

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Filme: O Bandido da Luz Vermelha
Direção: Rogério SGanzerla
Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Luiz Linhares, Pagano Sobrinho e outros.
Duração: 92min
Ano: 1968


DIA 12/04 - 19h
na Sala de Cinema Zelito Viana
Av. União, s/n - Centro, Mesquita (Auditório da Prefeitura)
ENTRADA FRANCA