Metáfora e metonímia do Brasil.
O tom premonitório que se lê na dedicatória dos créditos ao final do filme não poderia ser mais certeiro: “Aos brasileiros do século XXI”.
De fato, Cacá Diegues sabia o que estava dizendo. Em tempos de globalização e modernização de nossas emoções, nada tão atual e saudosista ao mesmo tempo do que assistir “Bye, Bye, Brasil”, esse grande clássico de nosso cinema.
É sempre comovente rever as desventuras da “Caravana Rolidei” sertão adentro liderada por um ótimo José Wilker e por uma sedutora Betty Faria. A sumida Zaira Zambelli também dá um charme todo especial ao filme ao lado de Fabio Jr, que completa o inspirado quarteto de artistas mambembes vencidos pela inexorável chegada da modernidade, representada pela televisão.
A trilha de Chico Buarque também é uma atração à parte. Mesmo sem grandes recursos tecnológicos (que no caso do filme é até uma qualidade) e cheio de verdade e emoção, assim como a própria Caravana Rolidei, o filme é uma aula de brasilidade, mas sem ufanismos românticos. Uma crítica mordaz e necessária!
Ano: 1979
Direção: Cacá Diegues
Roteiro: Cacá Diegues e Leopoldo Serran
Música: Chico Buarque, Roberto Menescal e Dominguinhos
DIA 08/09 às 19h
Sala de Cinema Zelito Viana - Pça. Elizabeth Paixão - s/nºCentro, Mesquita - RJ
ENTRADA FRANCA PARA TODAS AS SESSÕES
|